Dulcina de Moraes: governo do DF revalida tombamento de teatro, e 'ideário' da atriz passa a ser patrimônio imaterial da capital

  • 29/07/2025
(Foto: Reprodução)
Cena do longa documental "Dulcina", de Glória Teixeira Dulcina/Reprodução O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), revalidou o tombamento do Teatro Dulcina de Moraes, no centro de Brasília, e do acervo de fotos, textos e peças da atriz preservado na capital desde os anos 1980. 🎭O teatro foi inaugurado em 21 de abril de 1980, data em que Brasília completou 20 anos. Projetado por Oscar Niemeyer, o local, que também foi uma faculdade de artes, fica no Setor de Diversões Sul, popularmente conhecido como Conic. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Os acervos da atriz já tinham sido tombados como patrimônio cultural em 2007, mas passaram quase duas décadas arquivados em baús e sem o devido tratamento – um levantamento criterioso só começou a ser realizado depois da pandemia, em 2023. Veja no vídeo: Acervo da atriz Dulcina de Moraes, que fez história no teatro, começa a ser resgatado Com o novo decreto, o governo do DF se compromete a proteger o acervo e as dependências do teatro Dulcina de Moraes não só da degradação do tempo, como também de alterações arquitetônicas ou tentativas de desfazer o patrimônio preservado. A revalidação tinha sido aprovada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal em fevereiro, quando Dulcina, se viva, teria completado 107 anos. O decreto foi, agora, assinado por Ibaneis Rocha e publicado no Diário Oficial do DF desta segunda-feira (27). Segundo o decreto, estão sob a proteção do governo do Distrito Federal como "bem cultural de valor histórico": o teatro Dulcina de Moraes e suas dependências (plateia, palco, camarins, foyer, além da Sala Conchita de Moraes e seus acessos e circulações adjacentes); os acervos fotográficos, textuais e cênicos oriundos dos espetáculos protagonizados pela atriz. Foto de Dulcina de Moraes com colorização artística EBC/Reprodução Dulcina no 'Livro dos Saberes' O decreto já em vigor também inscreve o "Ideário de Dulcina de Moraes no Ensino e no Fazer Teatral Brasileiro” no Livro I: dos Saberes. Na prática, a medida inscreve o legado de Dulcina na lista de "patrimônios culturais imateriais" do DF. O teatro no coração de Brasília foi construído com esforço da atriz – que tirou dinheiro do próprio bolso e participou de campanhas para ajudar a erguer o espaço. As inúmeras formações acadêmicas e espetáculos fizeram com que a fama do teatro crescesse no cenário cultural. Em 1983, por exemplo, o teatro recebeu o espetáculo "Bodas de Sangue", dirigido por Dulcina de Moraes, que também atuou com outros alunos da faculdade. No elenco, André Amahro, Fernando Guimarães e Marcelo Saback , entre outros. Quem foi Dulcina de Moraes? Morte de Dulcina de Moraes fez 25 anos em 2021; relembre homenagem Dulcina de Moraes, que dá nome ao teatro, era atriz, diretora, produtora, professora e foi quem criou a Fundação Brasileira de Teatro. Ela morreu em 28 de agosto de 1996. Filha e neta de atores, Dulcina nasceu em 1908, em uma casa que foi emprestada aos pais dela, quando a mãe da atriz estava prestes a dar à luz. A cidade de Valença, no estado do Rio de Janeiro, ficou registrada como local de nascença, mas era nos palcos que a fluminense encontrava a sua casa. A estreia como atriz foi aos três meses de idade. Na época, ela fez parte de uma apresentação dos pais. Ao 17 anos, ingressou na companhia de teatro de Leopoldo Fróes e foi considerada uma "grande promessa". Em 1934, Dulcina alcançou reconhecimento com a peça "Amor", de Oduvaldo Viana. No ano seguinte, criou sua própria companhia ao lado do marido, o também ator e empresário Odilon Azevedo. Em 1945, chegou ao auge do sucesso, com o espetáculo "Chuva". Convencida da necessidade de investir na profissão no Brasil, Dulcina criou, junto com Odilon Azevedo, a Fundação Brasileira de Teatro (FBT), em 1955, na cidade do Rio de Janeiro. Cerca de 20 anos depois, a instituição foi transferida para Brasília, com sede no Conic, ao lado da Rodoviária do Plano Piloto, mesmo local do Teatro Dulcina. O teatro foi inaugurado em 1980, e a Faculdade de Artes começou a operar em 1982. Ela é considerada uma das primeiras instituições de ensino no país dedicada às artes. Enquanto estava viva, Dulcina ajudava a administrar e era professora do espaço. No entanto, com a morte dela, a instituição passou a enfrentar dificuldades. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/07/29/dulcina-de-moraes-governo-do-df-revalida-tombamento-de-teatro-e-ideario-da-atriz-passa-a-ser-patrimonio-imaterial-da-capital.ghtml


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