Jabuti é o primeiro animal silvestre resgatado de queimadas em Brasília neste ano; ele foi encaminhado para o HFAUS
30/07/2025
(Foto: Reprodução) Jabuti com pata queimada após incêndio em Brasília
Reprodução/HFAUS
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Distrito Federal realizou, nesta terça-feira (29), o resgate de um jabuti. Ele foi o primeiro animal silvestre resgatado dos incêndios na capital neste ano.
O animal é uma espécie terrestre típica do cerrado e foi resgatado em meio a queimadas no Parque Nacional de Brasília. Ele apresentava queimaduras na pata e na carapaça (o casco).
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O jabuti foi encaminhado ao Hospital da Fauna Silvestre (HFAUS) do DF, que realiza atendimento exclusivo a animais silvestres.
Animal está internado
Jabuti resgatado de incêndios em Brasília
Reprodução/HFAUS
Ao g1, o biólogo Thiago Reais, que é responsável pelo HFAUS, explica que o Jabuti está internado e vai realizar uma série de exames com a intenção de verificar seu estado de saúde. Entre eles:
Raio-X;
Ultrassom;
Exame cardiológico.
Ainda de acordo com o especialista, o tratamento do jabuti pode levar meses e inclui medicação (com antibiótico e anti inflamatórios), além de hidratação e uso de pomadas.
"Ele chegou aqui desidratado, com queimaduras nas patas e na carapaça. Foi realizada a reidratação e limpeza das queimaduras. Agora ele segue em tratamento", conta Thiago.
Jabuti é o primeiro animal silvestre resgatado de incêndios em Brasília
Reprodução/HFAUS
Ainda de acordo com o biólogo, a pele que o animal perdeu será reconstituída através de um processo natural do próprio animal. Essa reconstituição, contudo, pode levar meses.
Devido a essas queimaduras, ele também pode perder "placas" do seu casco. Neste caso, elas podem ser substituídas por placas feitas de resina, em uma técnica empregada no HFAUS, enquanto o natural se regenera.
Queimadas e o impacto na fauna
Tamanduá é visto fugindo de incêndio em Brasília
Ainda nesta terça-feira (29), durante incêndio em uma área de vegetação às margens da DF-251, entre Santa Maria e São Sebastião, um tamanduá-bandeira foi visto tentando fugir do fogo (veja vídeo acima).
Durante o período de seca em Brasília, entre os meses de maio e setembro, a incidência de queimadas aumenta e, com isso, o risco aos animais silvestres que vivem em áreas de vegetação.
Os animais, explicam especialistas, são as principais vítimas dessas queimadas, que acabam sendo feridos e até morrendo devido aos incêndios.
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